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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Manuel Alegre




Letra para um hino

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.

Manuel Alegre

Natália



Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.

Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.

Natália Correia


Fotografia de Barbara Florczyk
 — 


domingo, 26 de janeiro de 2014

Simples assim



Seja simples .faça tudo que sente vontade.
Expresse sua alegria .
Valorize os bens que você possui.
A saúde, a família, a casa ,os amigos ,o amor 
Enfim ,tome posse do bem que sempre foi seu 
Mas que você nunca notou e por isso quase perdeu.

sábado, 25 de janeiro de 2014

N.Diniz

SAUDADES...
SENTIMENTOS...
SILÊNCIO...
SOLIDÃO...
SUGESTÃO :
VOCE.
AQUI !!!
N.DINIZ
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.
vamos em frente
dá-me tuas mãos
aqui tens as minhas
tentaremos...

domingo, 19 de janeiro de 2014

N.Diniz





...Exatamente assim...
Se Vinicius de Moraes no ápice de seus sentimentos construiu pactos afetivos e histórias de vida ,abordando a amizade sendo tema de muitos de seus poemas, crônicas e músicas. Era um poeta que ficou conhecido tanto por criar sua obra a partir dos afetos das suas mulheres, quanto pelo amor aos amigos. Foram décadas de trocas constantes entre seus pares de literatura e música, construindo pactos afetivos e histórias de vida.e relata em palavras um aconchego pra alma .Em particular ,também  guardo na memória pessoas do bem ,que quando bate a brisa da saudade ,abro o baú da memória ,ressurgindo belos momentos , coexistindo possibilidades e realidades ,relembro tudo que passou ,é extremamente delicioso relembrar fatos ,houveram alguns que por querer ou sem querer viraram lendas,outros  apenas quantidades,mas alguns ...nossa são imprescindíveis de alguma forma contribuíram para minha vida ,show de bola mesmo, e assim a vida segue ,como sempre digo ,a vida seguindo seu curso e percurso ,amigos são  mimos que o céu envia em instantes inesperados .
Juntos hoje e sempre.
beijinho e carinho na alma ,
tchau !!!

______N.Diniz_________


"Um dia a maioria de nós irá se separar.sentiremos saudade de todas conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
saudade até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim...do companherismo vivido...sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
hoje não tenho mais tanta certeza disso.em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nos e-mails trocados...
podemos nos telefonar...conversar algumas bobagens.Aí os dias vão passar...meses...anos...até este contato tornar-se cada vez mais raro.Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão; quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos.E... Isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...Quando o nosso grupo estiver incompleto...nos reuniremos para um último adeus de um amigo.E entre lágrimas nos abracaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado...E nos perderemos no tempo.." 

Vinicius De Moraes

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Com muita paz



COM MUITA PAZ!  

"Eu Desejo Que Você Possua:
Um coração que nunca endureça
Uma emoção que nunca pressione
Um toque que nunca magoe
Um carinho que nunca envelheça
Uma doçura que não estacione
Um coração que, por vezes, perdoe
Uma paixão que não enfraqueça
Um prazer que nunca relaxe
Um silêncio que nunca destoe
Uma verdade que nunca encareça
Um medo que não ameace
Uma tristeza que não amontoe
Uma amargura que não amanheça
Uma alegria que nunca entristeça
Uma fantasia que não voe
Uma felicidade que não empobreça
Um desejo que nunca se apague
E um amor que te abençoe…"
Paz e Luz!

A vida ...



A vida é como uma escada, dá muitas voltas, e é vivida sem apoios (família, amigos..) ; às vezes, sonhamos muito, mas nunca alcançamos os nossos objectivos (nunca saímos do chão = não saímos da cepa torta”) À medida que vamos envelhecendo, vamos ficando marcados, “estragados”, e nem sempre aprendemos com os nossos erros a lição da vida.  Quem não arrisca na vida, não melhora, não alcança outros níveis de conhecimento, ou seja, quem não sonha nunca alcança nada. Há até quem chegue a desperdiçar oportunidades. Enfim, a vida passa muito rapidamente, e às vezes e corremos perigos desnecessários, mas a vida é “Uma escada sem corrimão”.

Onde Deus se esconde

Onde Deus se Esconde 

Um dia, quando estavam todos os seus anjos reunidos, Deus desabafou, referindo-se às suas criaturas humanas: 
- Eu os criei, dei-lhes tudo que eles precisam para viver, coloquei em cada um inteligência e sensibilidade e, acima de tudo, dei-lhes o livre-arbítrio para que decidissem por si próprios o que fazer de suas vidas. 
E prosseguiu: 
- Contudo, eles não entendem que eu quero que tenham liberdade de escolha. A sua insegurança é tanta que chamam por mim o tempo todo, querendo que eu lhes diga o que fazer e o que deixar de fazer em suas vidas, sempre me pedindo que eu decida por eles, querendo que eu resolva todos os seus conflitos pessoais e até suas brigas de vizinhos. Se eu tomar a dianteira nisso tudo, eles jamais crescerão! 
E mais: 
- Como Pai, quero que eles se desenvolvam, que fiquem independentes de mim. Mas ao mesmo tempo, quero ficar perto, pois numa hora dessas a carga poderá ser realmente muito pesada para eles e aí precisarão mesmo da minha intervenção. Preciso encontrar um lugar para me esconder onde eles só me achem depois de procurarem muito e que me permita ao mesmo tempo ficar bem perto deles, observando. 
Então um anjo falou: 
- Por que o Senhor não vai para o alto do Himalaia; lá é tranqüilo e muito alto, de jeito que o Senhor poderia ver tudo que estivesse ocorrendo com eles, lá em baixo. 
- Não, o Himalaia não. Fizeram muitas casas para mim lá e hoje é um dos lugares onde mais me procuram, comentou o Senhor, pouco animado com a idéia do anjo. 
Disse outro anjo: 
- Acho que o fundo do mar seria um lugar ideal para o que o Senhor está querendo... 
- Que idéia a sua!, foi logo dizendo o Senhor, eles me achariam lá num instante! E além disso eu não poderia estar o tempo todo perto deles, como eu quero. 
E mais outro anjo deu a sua idéia: 
- Tente então ir para a lua. De lá se pode ver tudo que acontece na terra e ninguém o procurará lá, tenho certeza. 
- Também já tentei isso e eles rapidamente descobriram o meu paradeiro... 
Os anjos prosseguiram dando idéias de lugares onde Deus poderia se esconder dos homens e um a um ele os descartou a todos. Até que Ele próprio, teve um estalo e disse: 
- Ei, esperem! Acho que descobri o lugar perfeito onde me esconder. Eles nunca me acharão lá, porque nunca se lembrarão de procurar ali. Vou me esconder dentro de cada pessoa, no coração de cada um deles. Lá, eles dificilmente me encontrarão, exceto aqueles que já me encontraram... 
Lá eu poderei acompanhá-los o tempo todo, estimulando-os a irem adiante quando sentirem dúvida. E todos que me encontrarem reconhecerão facilmente a minha presença na presença do outro. 
E assim foi. 

Autor desconhecido

Há dias ...




Há dias ...
Dias assim 
Promissor dia ,naquele momento em que reverter a ansiedade em esperança é determinante acreditar na capacidade de realizar objetivos ,e hoje por menor conquista pessoal que tenha sido ,há sempre um momento para celebrar e agradecer , portanto grata por minha necessidade em compreender e aprender com a vida ,pois tendo a certeza que nunca estamos sozinhos ,e ainda tem a fé que não deixa ninguém desamparado ,é isso ,meu dia foi 10 ,e a noite pacífica junto aos meus , que merecem minha total consideração ,oportunidade bendita  de sorrir sempre.
Fé, foco,vida 🌹
N.Diniz

Desencontrarios

Desencontrários

Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.

( Paulo Leminski )

*

Leve



Leve

Levitar dos colibris
Graciosamente breve.
Como pode tão feliz?
Censurar, ninguém se atreve.

Não precisam inventar
Qualquer coisa que me eleve
Basta teu sorriso pra dispensar
Asa-delta e ultra-leve.

Se carece de definição: me sinto leve.
Céu azul na bolha de sabão que o vento leve
Como folha, ao coração.
Ao te refletir, um espelho em si
Vira quadro, vira arte.
Salvador Dalí não ousou imaginar-te

E eu me sinto flutuar,
Maravilha que me elege,
Feito pipa pelo ar,
Mar azul na areia bege

Como brisa à me beijar
Teu carinho me protege.
Me abraça, me derrete ao brincar
Como o mar no IceBerg

Com você não tem explicação, me sinto leve.
Céu azul na bolha de sabão que o vento leve como folha ao coração.
Ao te refletir, um espelho em si
vira quadro, vira arte.
Salvador Dalí não ousou imaginar-te

Se carece de definição: me sinto leve.
Céu azul na bolha de sabão e o vento rege como folha ao coração.
Ao te refletir, um espelho em si
Vira quadro, vira arte.
Salvador Dalí não ousou jamais imaginar-te

Jorge vercilo

Felicidade


Felicidade


Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer
Sem desejar como antes sempre quis

Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar

Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar

Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem

Nada por mim




Nada Por Mim
Kid Abelha

Você me tem fácil demais
E não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai, e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
E não me pede pra voltar

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Espelhos d'água

Espelhos D'água
Beto Guedes

Os seus olhos são
Espelhos d'água
Brilhando você
Prá qualquer um
Por, por onde
Esse amor andava
Que não quis você
De jeito algum...

Ah! Que vontade de ter você
Que vontade de perguntar
Se ainda é cedo
Hum! Que vontade de merecer
Um cantinho do seu olhar
Mas tenho medo...

Hum! Hum!
Que vontade de ter você
Que vontade de perguntar
Se ainda é cedo
Hun! Hum! Hum!
Que vontade de merecer
Um cantinho do seu olhar
Mas tenho medo...

Os seus olhos são
Espelhos d'água
Brilhando você
Prá qualquer um....


 
Composição: Dalto / Cláudio Rabello ·

Coisa tua

Coisa tua


Letra: Alice Ruiz

assim que vi você
logo vi que ia dar coisa
coisa feita pra durar,
batendo duro no peito
até eu acabar virando
alguma coisa
parecida com você
parecia ter saído
de alguma lembrança antiga
que eu nunca tinha vivido,
mas ia viver um dia
alguma coisa perdida
que eu nunca tinha tido
alguma voz amiga
esquecida no meu ouvido
agora não tem mais jeito,
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei alguma coisa tua


 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Então é você

Então é você
Letra: Alice Ruiz


Então é você
que bem antes de mim
diz o que eu queria dizer
tão bem quanto eu diria.
E quem diria?
ainda melhor

Acho que teu nome é poesia
e por isso todos te chamam

Então é você
tua simples presença
preenche a minha existência
me faz ver o que eu não via.
E quem diria?
ainda melhor

Acho que teu nome é vida
e por isso todos te querem

Então é você
que quando fala
instala a compreensão
de tudo que eu seria.
E quem diria?
Ainda melhor

Acho que teu nome é amor
e por isso todos te amam

E quando todos te chamam
quem sou eu pra não chamar?

E quando todos te querem
quem sou eu pra não querer?

E porque todos te amam
“eu sei que vou te amar”



quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Voltei ao passado Roberto Carlos




Eu voltei ao passado
E lembrei de você
Revivi tantos sonhos
Que você também viveu...

Pois é!
Faz tempo que eu não sei
Da sua vida
Mas hoje uma saudade
Escondida
Me diz que eu preciso
Só te ver...

Quem sabe!
Talvez você também
Lembrou de mim
E quer saber também
A onde estou
Porque nos dividimos
Sem querer assim...

Eu voltei ao passado
E lembrei de você
Eu vivi tantos sonhos
Que você também viveu...

Eu sei!
O quanto foi difícil
Me afastar
Mas hoje com mais tempo
Prá pensar
Eu acho, foi melhor
Para nós dois...

Quem sabe!
Talvez não fosse bom
Eu te encontrar
Prá não ver tristeza
Em seu olhar
E eu tivesse até vontade
De chorar...

Eu voltei ao passado
E lembrei de você
Revivi tantos sonhos
Em que você também viveu...

Eu voltei ao passado
E lembrei de você
Eu vivi tantos sonhos
Em que você também viveu...

Dan césar




Olha pra mim
Diz não ter fim
Diz ser assim
Que tudo acontece.
Faz uma prece
Não chora não
Não brinca não.
Meu coração
Já te adormece
Já desfalece
Já sorri “esses”
Do jeito plural.
Olha pra mim
Tal qual e tal
Um olhar que diz
Feliz, atemporal
Sou eu pra você
Amor, vogal maior, seja.

Dan Cezar

N.Diniz

Então ...
Um ato
Um fato
O binômio de hoje é gratificação e gratidão ,imensamente satisfeita por ter podido ajudar e ao mesmo tempo grata pelo auxílio ,é  algo inexplicável quando se quer tanto algo e do nada acontece ,posso falar quase um milagre ,estava escrito "maktube",e na volta caindo aquela  chuva ,não deixando de ser prospera para suavizar o tempo ,no som do carro ,e lá vem uma música que retrata minha adolescência e expresso aqui uma lembrança ,assim...retornando as lembranças memoráveis ,lá pelos 16 anos ,ouvi essa música "the best  that you can do is fall in love (arthur's theme )"- Christopher  Cross paixão de primeira, bem sendo estudante apenas dinheiro do ônibus e do lanche ,e vem a opção como e onde comprar o tal LP ? até por que não havia cd ,bem encontrei a loja de discos na época ,próximo do CADPII meu colégio do coração ,aí parei e fui ...comprei ,fiquei sem lanche ,mas a vontade era tanta de ter tal objeto de consumo audível que nem me importei , em casa ouvia tanto ,que acabou  arranhando o  tal LP e foi pro espaço rsrsrsr...,fiquei furiosa , também fala sério fiquei apaixonada pela música meu café matinal , até aí tudo bem ,mas não gostava do idioma na escola inglês ,passei a gostar (médio) ,falei pra minha mãe que gostaria de estudar o tal idioma ,só pra ver o significado de cada som que essa música me transportava ,e estudei e pronto amei ,e lá por volta dos 19 anos fui a uma danceteria na qual essa música tocou e fui pra pista ,curti cada sensação na alma ,pena que meu acompanhante da época era um  "mané" insensato ,nada romântico ,talvez nem soubesse a magia do abraço ,enfim águas passadas ,ainda bem  subtraí  decepções ,entretanto hoje posso adquirir de todas as formas em sintonia a tal música memorável ,e concluo essa mexe comigo vai do corpo até a alma , faço uma viagem e penso : é isso aí eu posso até não ter a lua de Nova Iorque, mas a melhor coisa a fazer e se apaixonar ,e  havendo reciprocidade é bom demais ,e mais ainda observo com calma ,e absorvo com alma ,vida ,vida você é demais !!!
N.Diniz

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Entre

Entre!

A porta da vida está aberta e convida,
pessoas com coragem para arriscar,
a rir, chorar, trabalhar, se esforçar, amar,
ser ouvido ou incompreendido,
receber atenção ou sofrer uma desilusão,
ser amado ou perder-se numa paixão,
a vida pede atenção...

A vida oferece muitas possibilidades,
até para quem já ñ acredita mais em nada,
sempre haverá algo novo sob o sol,
um fio de esperança que poderá te levar ao paraíso,
uma nova oportunidade de ser e crescer.

Só ñ vale ter medo de si mesmo,
só ñ vale não se conhecer, ñ se respeitar.
Tem que pegar todas as experiências,
boas e ruins, doces e amargas,
e colocar no grande caldeirão da alma,
para entender o que vale e o que ñ vale a pena.
Assim, você terá uma bússola precisa,
que vai indicar o seu Norte, a sua direção,
que ñ tem tempo nem idade,
rumo a realização dos seus sonhos,
rumo a felicidade.

Acredite na vida, acredite em você

Paulo Roberto Gaefke

A dança das horas -Ivo Barroso






A DANÇA DAS HORAS

Dançando as horas se vão

Pelos caminhos do Tempo

Numa leveza de pluma…

Quem vedes na marcação

Do compasso e contratempo ?

- Uma.

 

Dançando se vão as horas

Sob os véus de fina gaze

Dançarinas semi-nuas…

Quem dança, das mais sonoras,

Esta belíssima frase?

- Duas.



Rapidamente bailando,

Cada qual mais erradia,

Desfila por sua vez.

E aquela, aos poucos finando

Nos horizontes do dia ?

- Três.

 

Vão dançando a tarantela…

- Mas, da última, o perfil

Me parece horrível e atro.

Ah! não falemos daquela;

Esta aqui é mais gentil.

- Quatro.

 

Sabeis acaso do nome

Da de vestido de faile

Que lhe queda como um brinco ?

Que pena! Logo se some …

A mais ligeira do baile!

- Cinco.

 

E aquela, de azul vestida,

Tão triste no seu bailar,

Seu nome acaso sabeis?

Parece o adeus da partida

Para nunca mais voltar…

- Seis.

 

E esta, bailando qual fronde

Ao vento que vem do mar

Em que a lua se reflete ?

Trajada como o “gran’ monde”;

Esbelta no seu bailar ?!

- Sete.

 

Vós me enganais no bailar:

Sei que passais sem demora

(Quisera ser tão afoito

Que vos pudesse parar).

Mas, e esta que dança agora ?

- Oito.

 

Sob os vestidos de gazes

Trazeis convosco a ruína;

Vosso olhar não me comove,

Falazes horas, falazes…

Mas, e aquela bailarina ?

- Nove.

 

Dançou o rápido “allegro”;

Nem sequer o rosto olhou-me

E eu mal notei os seus pés.

E esta, vestida de negro,

Sabeis acaso o seu nome ?

- Dez.

 

Agora passam mais lentas:

Vede aquela que aí vem

Dando passadas de bronze

Pelas horas sonolentas…

Que nome será que tem ?

- Onze.

 

Aquela outra que se arrasta

Custando tanto a passar,

Que eternamente repouse

Já de tão velha e tão gasta.

Como se deve chamar?

- Doze.

 

Fechando o ciclo fugace

A de perfil atro vem

E nos leva em seu transporte.

Pois dessa, de horrenda face,

Dizei-me o nome, se tem?!

- MORTE.

(1948)

Ivo Barroso



ÚLTIMA CARTA

Te ofereço Abril —

Abril subindo as escadas noturnas

onde o silêncio acumulou as heras do longínquo

Abril fitando um céu fluorescente

debruçado em sacadas e colunas.

Te ofereço a minha paz —

Este modo tranqüilo de ser

como um pôr-do-sol na minha terra.

Te ofereço o antiqüíssimo crepúsculo,

a tradição dos relógios antigos

e a doce alegoria dos cartões-postais.

Te ofereço esta árvore, tão provinciana,

que ainda sabe amadurar seus frutos

entre sombras e pássaros.

Tudo o que a tua infância não provou

e que a tarde como um canto rememora.

Mas não aceites nada —

que isso são coisas tristes do passado

e eu prefiro o teu sorriso

em que os dias eternos se renovam.

Ivo Barroso 

Acalanto




Acalanto

Hoje dormirás a noite dos rios silenciosos

fluindo no tempo

as mornas águas do verão desfiando

os cabelos noturnos

por entre os velhos paredões da ponte.

A noite descerá dos eucaliptos

prenunciada pelas primeiras folhas

devolvidas ao solo.

Mas não haverá serenatas:

isso implicaria o passado

e a voz que tece aos teus ouvidos

vem mais da certeza do amanhã

que de murmúrios confundidos

em tramas de luar e vozes tristes.

Onde estarei em tua noite,

morta que foi a última estrela?

Onde estarei depois dos longos caminhos,

se me obstino em ter os rosto voltado para a frente?

A rua da província corre com o vento

para os altos descampados;

e este poste que fura um túmulo de luz

na noite sem mistérios

devolve a minha sombra aos teus domínios lentos

quase desfeitos na névoa do sono

que te cobre.

Ivo Barroso 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Escada em caracol

 

ESCADA EM CARACOL

É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol

mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe.
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
                                      Adivinhaste: é a vida
                                         a escada sem corrimão

David Mourão 

As mãos

 


Poema “As mãos”

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade. 
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel alegre


De esperas construímos o amor intenso e súbito




De esperas construímos o amor intenso e súbito

 

De esperas construímos o amor  intenso e súbito

que encheu as tuas mãos de sol e a tua boca de beijos.

Em estranhos desencontros nos amamos.

Havia o rio mas sempre ficávamos na margem.

Eu tocava o teu peito e os teus olhos e, nas minhas mãos,

a tarde projectava as suas grandes sombras

enquanto as gaivotas disputavam sobre a água

talvez um peixe inquieto, algo que nunca pudemos ver.

As nossas bocas procuravam-se sempre, ávidas e macias

E por muito tempo permaneciam assim, unidas,

Machucando-se, torturando as nossas línguas quase enlouquecidas.

Depois olhávamo-nos nos olhos

No mais profundo silêncio. E, sem palavras,

Partíamos com as mãos docemente amarradas e os corações estoirando uma alegria breve

Quando a noite descia apaixonada

Como o longo beijo da nossas despedida.

Joaquim Pessoa

Eu sei,não te conheço mas existes



Eu sei, não te conheço mas existes

 

Eu sei, não te conheço mas existes.
por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.

Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.

Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
ao é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
Porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
Em todas as palavras do meu canto.

Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre á tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.


Joaquim Pessoa 

Amor combate



Amor Combate


Meu amor que eu não sei. Amor que eu canto. Amor que eu digo.

Teus braços são a flor do aloendro.

Meu amor por quem parto. Por quem fico. Por quem vivo.

Teus olhos são da cor do sofrimento.

 

Amor-país.

Quero cantar-te. Como quem diz:

 

O nosso amor é sangue. É seiva. É sol. É Primavera.

Amor intenso. amor imenso. amor instante.

O nosso amor é uma arma. É uma espera.

O nosso amor é um cavalo alucinante.

 

O nosso amor é pássaro voando. Mas à toa.

Rasgando o céu azul-coragem de Lisboa.

Amor partindo. Amor sorrindo. Amor doendo.

O nosso amor é como a flor do aloendro.

 

Deixa-me soltar estas palavras amarradas

para escrever com sangue o nome que inventei.

Romper. Ganhar a voz duma assentada.

Dizer de ti as coisas que eu não sei.

Amor. Amor. Amor. Amor de tudo ou nada.

Amor-verdade. Amor-cidade.

Amor-combate. Amor-abril.

Este amor de liberdade.

Joaquim Pessoa

sábado, 4 de janeiro de 2014

Annabel lee traduzido

FERNANDO
PESSOA



      ANNABEL LEE *
      (de Edgar Allan Poe)

    Foi há muitos e muitos anos já,
    Num reino de ao pé do mar.
    Como sabeis todos, vivia lá
    Aquela que eu soube amar;
    E vivia sem outro pensamento
    Que amar-me e eu a adorar.

    Eu era criança e ela era criança,
    Neste reino ao pé do mar;
    Mas o nosso amor era mais que amor --
    O meu e o dela a amar;
    Um amor que os anjos do céu vieram
    a ambos nós invejar.

    E foi esta a razão por que, há muitos anos,
    Neste reino ao pé do mar,
    Um vento saiu duma nuvem, gelando
    A linda que eu soube amar;
    E o seu parente fidalgo veio
    De longe a me a tirar,
    Para a fechar num sepulcro
    Neste reino ao pé do mar.

    E os anjos, menos felizes no céu,
    Ainda a nos invejar...
    Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
    Neste reino ao pé do mar)
    Que o vento saiu da nuvem de noite
    Gelando e matando a que eu soube amar.

    Mas o nosso amor era mais que o amor
    De muitos mais velhos a amar,
    De muitos de mais meditar,
    E nem os anjos do céu lá em cima,
    Nem demônios debaixo do mar
    Poderão separar a minha alma da alma
    Da linda que eu soube amar.

    Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
    Da linda que eu soube amar;
    E as estrelas nos ares só me lembram olhares
    Da linda que eu soube amar;
    E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
    Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
    No sepulcro ao pé do mar,
    Ao pé do murmúrio do mar.

    Fernando Pessoa

* Traduzido de Annabel Lee, de Edgard Allan Poe, ritmicamente conforme com o original.


Hospedagem de site  

O haver






Pequeno trecho que me resta no momento :

"Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado

De pequenos absurdos, essa capacidade

De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil

E essa coragem para comprometer-se sem necessidade. 

______🌹______

O Haver


Vinicius de Moraes



Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura

Essa intimidade perfeita com o silêncio

Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo

- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...


Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo

Essa mão que tateia antes de ter, esse medo

De ferir tocando, essa forte mão de homem

Cheia de mansidão para com tudo quanto existe. 


Resta essa imobilidade, essa economia de gestos

Essa inércia cada vez maior diante do Infinito

Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível

Essa irredutível recusa à poesia não vivida.


Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento

Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade

Do tempo, essa lenta decomposição poética

Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.


Resta esse coração queimando como um círio

Numa catedral em ruínas, essa tristeza 

Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria

Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história. 


Resta essa vontade de chorar diante da beleza

Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido

Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa 

Piedade de si mesmo e de sua força inútil.


Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado

De pequenos absurdos, essa capacidade

De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil

E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.


Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza

De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser

E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa 

Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.


Resta essa faculdade incoercível de sonhar

De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade 

De aceitá-la tal como é, e essa visão 

Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante


E desnecessária presciência, e essa memória anterior

De mundos inexistentes, e esse heroísmo

Estático, e essa pequenina luz indecifrável

A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.


Resta esse desejo de sentir-se igual a todos

De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória

Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade

De não querer ser príncipe senão do seu reino.


Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade

Pelo momento a vir, quando, apressada

Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante

Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...


Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto

Esse eterno levantar-se depois de cada queda

Essa busca de equilíbrio no fio da navalha

Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo

Infantil de ter pequenas coragens.


15/04/1962



A poesia acima foi extraída do livro "Jardim Noturno - Poemas Inéditos", Companhia das Letras - São Paulo, 1993, pág. 17.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Desejos...01/01/2014

BOM DIA, DEUS !
BOM DIA , DIA !
BOM DIA ,VIDA !
Que os meus ,os seus ,os nossos desejos práticos e espirituais se realizem ,que nossos sonhos se concretizem abençoados por Deus !
Página em branco ,iniciaremos uma nova história ,e vamos que vamos ,hj. estou multiplicando a paz ,fé ,saúde,sucesso ,beijos e abraços ,estou na estrada com finalidade de chegar ao paraíso ,fé em Deus sempre...
___________________N.Diniz
E deixo um texto de :
Charles Chaplin foi o artista do sorriso, da docilidade, dos gestos pequenos e da grandeza de coração. Há um texto, de sua autoria, traduzido para o português que diz mais ou menos assim:
Ei, você, sorria!
Mas não se esconda atrás desse sorriso.
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu. Viva! Tente!
Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos.
Não faça dos defeitos uma distância, e sim uma aproximação.
Aceite a vida, as pessoas. Faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você. Não as reprove.
Ei! Olhe! Olhe à sua volta quantos amigos!
Você já tornou alguém feliz hoje, ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra! Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta. Sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça! Escute o que as outras pessoas têm a dizer. É importante!
Suba! Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo, mas não esqueça daqueles que nunca conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente. Eu também vou tentar.
Ei, você. Não vá embora. Eu preciso lhe dizer que... gosto de você, simplesmente porque você existe!