NO OUTRO LADO DO ESTAR
antevejo as águas
que me enchem o pensamento
serenas na espera
sem arbítrio, sem desígnio
paradoxalmente
mitigam-me a fome de terra
apenas por estarem ali
em suave remanso
mesmo que a deriva cresça e se agigante
uma jangada, é quanto basta
João Carlos Esteves, 21/02/2014
(in “Ausência de margens”, a publicar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário